sexta-feira, 4 de maio de 2012

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segunda-feira, 16 de abril de 2012

Grupo III

Grupo III: Competências para compreender. Estas competências implicam o uso de esquemas operatórios.As competências relativas a esse Grupo III devem ser analisadas em duas perspectivas. Primeiro,estão presentes e são mesmo essenciais às competências cognitivas ou às operações mentais destacadas nos Grupos I e II. Porém, quando referidas a eles, têm um lugar de meio ou condição, mas não de fim. Ou seja,atuam de modo a possibilitar realizações via esquemas procedimentais (Grupo II) ou leituras via esquemas de representação (Grupo I).
Como Grupo III, estes esquemas ou competências expressam-se de modo consciente e permitem
compreensões próprias a este nível de elaboração cognitiva.


Para chegar até aqui é preciso ter  sido bem trabalhado nos grupos anteriores. Como costumo dizer o professor deve caminhar ao lado do aluno  e  fornecer a este aluno um repertório amplo sobre o assunto em pauta abrindo  um leque amplo para  fazer as inferências  necessárias a este grupo.


HABILIDADES DO GRUPO III
• Analisar objetos, fatos, acontecimentos, situações, com base em princípios, padrões e valores.
• Aplicar relações já estabelecidas anteriormente ou conhecimentos já construídos a contextos e situações diferentes; aplicar fatos e princípios a novas situações, para tomar decisões, solucionar problemas, fazer prognósticos etc.
• Avaliar, isto é, emitir julgamentos de valor referentes a acontecimentos, decisões, situações, grandezas, objetos, textos etc.
• Criticar, analisar e julgar, com base em padrões e valores, opiniões, textos, situações, resultados de experiências,soluções para situações-problema, diferentes posições assumidas diante de uma situação etc.
• Explicar causas e efeitos de uma determinada sequência de acontecimentos.
• Apresentar conclusões a respeito de ideias, textos, acontecimentos, situações etc.
• Levantar suposições sobre as causas e efeitos de fenômenos, acontecimentos etc.
• Fazer prognósticos com base em dados já obtidos sobre transformações em objetos, situações, acontecimentos, fenômenos etc.
• Fazer generalizações (indutivas) a partir de leis ou de relações descobertas ou estabelecidas em situações diferentes, isto é, estender de alguns para todos os casos semelhantes.
• Fazer generalizações (construtivas) fundamentadas ou referentes às operações do sujeito, com produção de novas formas e de novos conteúdos.
• Justificar acontecimentos, resultados de experiências, opiniões, interpretações, decisões etc.




Postado por Maria Ofelia Tupan

Grupo II

Grupo II: Competências para realizar. 
As habilidades relativas às competências do Grupo II caracterizam-se pelas capacidades de o aluno realizar os procedimentos necessários às suas tomadas de decisão em  relação às questões ou tarefas propostas na prova. Ou seja, saber observar, identificar, diferenciar e, portanto, considerar todas as habilidades relativas às competências para representar que, na prática, implicam traduzir  estas ações em procedimentos relativos ao conteúdo e ao contexto de cada questão em sua singularidade.
O problema é que na prática não basta decidir por um procedimento, mas é necessário fazê-lo bem. As habilidades relativas às competências do Grupo I estão focadas nas informações ou características das questões ou temas propostos, ou seja, nos observáveis relativos aos objetos (conteúdos avaliados). As habilidades relativas às competências, no Grupo II, estão focadas nas atividades dos alunos, no quê e como fazem. Estas habilidades implicam procedimentos de classificar, seriar, ordenar, conservar, compor, decompor, fazer antecipações, calcular, medir, interpretar. As habilidades relativas ao Grupo II referem-se, portanto, a transformações.Procedimentos são modos de estabelecer relações que transformam os conteúdos relacionados, dando a eles uma configuração diferente de acordo com essas relações:

HABILIDADES DO GRUPO II
• Classificar – organizar (separando) objetos, fatos, fenômenos, acontecimentos e suas representações, de acordo com um critério único, incluindo subclasses em classes de maior extensão.
• Seriar – organizar objetos de acordo com suas diferenças, incluindo as relações de transitividade.
• Ordenar objetos, fatos, acontecimentos, representações, de acordo com um critério.
• Conservar algumas propriedades de objetos, figuras etc. quando o todo se modifica.
• Compor e decompor figuras, objetos, palavras, fenômenos ou acontecimentos em seus fatores, elementos ou fases etc.
• Fazer antecipações sobre o resultado de experiências, sobre a continuidade de acontecimentos e sobre o produto de experiências.
• Calcular por estimativa a grandeza ou a quantidade de objetos, o resultado de operações aritméticas
etc.
• Medir, utilizando procedimentos pessoais ou convencionais.
• Interpretar, explicar o sentido que têm para nós acontecimentos, resultados de experiências, dados, gráficos,tabelas, figuras, desenhos, mapas, textos, descrições, poemas etc. e apreender este sentido para utilizá-lo na solução de problemas.


Postado por Maria Ofelia  Tupan

Grupo I

Grupo I
Grupo I: Competências para observar. O Grupo I refere-se aos esquemas presentativos ou representativos,propostos por Jean Piaget. Graças a eles, os alunos podem ler a prova, em sua dupla condição:registrar perceptivamente o que está proposto nos textos, imagens, tabelas ou quadros e interpretar este registro como informação que torna possível assimilar a questão e decidir sobre a alternativa que julgam mais correta.
A leitura do objeto (a prova) supõe, como mínimo, o domínio e, portanto, o uso das seguintes habilidades:observar, identificar, descrever, localizar, diferenciar ou discriminar, constatar, reconhecer, indicar, apontar.
Graças a elas pode-se avaliar o nível de desenvolvimento de uma forma de abstração fundamental aos processos de conhecimento.
Esta forma compõe o Grupo I de habilidades, pois ela é, de fato, a condição primeira para a produção de uma resposta em face de um problema ou questão. As habilidades que lhe correspondem possibilitam verificar o quanto e o como o aluno pôde considerar, antes de decidir por uma melhor resposta, as informações propostas na pergunta.
Todas elas, com efeito, sugerem o interesse primeiro pela boa leitura ou interpretação do problema, observando, isto é, guardando este momento tão importante em um processo de tomada de decisão.
Observar, ler para reproduzir não significa apenas reagir perceptivamente, mas sim identificar, reconhecer,
indicar, apontar semelhanças e diferenças, definir posições ou relações entre as coisas, envolvê-las entre si, isto é, definir suas diversas possibilidades de relação, fazer constatações, enfim, estabelecer correspondências entre aquilo que está escrito ou proposto como problema no objeto (questões da prova) e aquilo que o aluno que vai decidir por uma reposta pôde assimilar (isto é, ler, interpretar):


Corresponde ao primeiro nível de leitura, ou seja , ler o que esta escrito , sem fazer relações com outros textos ou inferências de informações extra texto . Neste caso o texto é o foco. Após a leitura, é preciso depreender todas as informações possíveis nele contidas .


HABILIDADES DO GRUPO I
• Observar para levantar dados, descobrir informações nos objetos, acontecimentos, situações etc. e suas
representações.
• Identificar, reconhecer, indicar, apontar, dentre diversos objetos, aquele que corresponde a um conceito
ou a uma descrição.
• Identificar uma descrição que corresponde a um conceito ou às características típicas de objetos, da fala,
de diferentes tipos de texto.
• Localizar um objeto, descrevendo sua posição ou interpretando a descrição de sua localização, ou localizar
uma informação em um texto.
• Descrever objetos, situações, fenômenos, acontecimentos etc. e interpretar as descrições
correspondentes.
• Discriminar, estabelecer diferenciações entre objetos, situações e fenômenos com diferentes níveis de
semelhança.
• Constatar alguma relação entre aspectos observáveis do objeto, semelhanças e diferenças, constâncias
em situações, fenômenos, palavras, tipos de texto etc.
• Representar graficamente (por gestos, palavras, objetos, desenhos, gráficos etc.) os objetos, situações,
sequências, fenômenos, acontecimentos etc.
• Representar quantidades por meio de estratégias pessoais, de números e de palavras.


Postado por Maria Ofelia  Tupan

terça-feira, 6 de março de 2012

Prática da leitura, habilidades e níveis de proficiência

Professor Coordenador  - Maria Ofelia Tupan
OBJETIVOS: 1 Estudo da prática de leitura/habilidades e níveis de proficiencia
 

É preciso deixar claro, que todas as disciplinas exigem a prática da leitura. A leitura é essencial e sua aplicabilidade se faz independente do nível de escolaridade. Serão apresentados cinco níveis e discutidos, que em cada nível algumas habilidades previstas se destacam mais que outras, mas também é possível que as mesmas habilidades, mesmo em menor freqüência, apareçam em outros níveis, dado que uma competência não se faz de processos estáticos, mas de um continuum que envolverá, sempre, conhecimentos, habilidades e atitudes do sujeito para dar conta do texto lido. O fato de determinados alunos estarem agrupados em um nível não significa dizer que esses alunos não tenham ainda desenvolvido algumas habilidades contidas no nível seguinte. O que determinará, entretanto, que esse grupo esteja em um nível e não em outro é exatamente o fato de ele demonstrar não uma, mas um conjunto de habilidades desenvolvidas, que caracterizarão cada nível.
v  Primeiro nível (0 a 150)
v  Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso
(propagandas, quadrinhos, foto, mapas, esquemas gráficos ilustrações e outros)

Reflexão - Quanto tempo  é destinado ao desenvolvimento específico dessa habilidade ? É preciso maior investimento nos pontos que se apresentam mais fracos.

v Localizar informações explícitas em um texto.
          Essa habilidade deve ser trabalhada em todas as disciplinas, O aluno poderá usar caneta marca-texto para iluminar informações relevantes numa leitura de estudo ou de trabalho, essas informações  poderão ser organizadas de várias formas , através de produção de resumos, sinopses,ou  seqüênciar as  informações por ordem cronológica , causa e conseqüência,etc.  A produção desses textos  deve garantir que  o conhecimento apropriado pelo aluno seja evidenciado , com o uso de  linguagem adequada ao gênero e ao tema   proposto pelo professor,  não esquecendo que cada gênero tem uma finalidade. Cabe ao professor determinar claramente o gênero no qual deve ser elaborado o texto, orientar o aluno em relação à estrutura do gênero pedido – resumo, resenha, artigos de opinião, sinopses e outros, sempre atrelados aos objetivos – Ler para estudar Ler para construir repertório – temático ou de linguagem – para produzir outros textos;-  Professores observem bem as  duas questões – repertoriar o aluno quanto a uma temática e quanto ao uso adequado de linguagem especificas , determinadas pela finalidade e intencionalidade do texto que se lê ou se produz
v Identificar o tema de um texto 
Do mesmo modo que já foi explicitado, todas as disciplinas deverão trabalhar com essa habilidade. Todo texto lido possui um tema, é importante que o aluno destaque-o e compreenda .

v Identificar o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras notações;
A leitura só pode ser considerada fluente quando existe  respeito à pontuação,dando   a entonação a leitura revelando a fala do autor e de seus interlocutores

v Inferir uma informação implícita em um texto


v Estabelecer relação causa/conseqüência entre partes e elementos que constroem a narrativa
Lembrete Amigo
Lembre-se este é o  nível  abaixo do básico, porém todo trabalho  de leitura  deve passar por este caminho
1 Leitura pelo professor - objetivo é servir de modelo para os alunos,
2 Leitura pelo aluno – em grupos ou individual para conhecer o texto e o assunto. Podendo ser coral, compartilhada,silenciosa,em voz alta   etc.
3 Ler para obter uma informação específica; ler para obter uma informação geral; ler para seguir instruções (de montagem, de orientação geográfica...); ler para aprender; ler para revisar um texto; ler para construir repertório – temático ou de linguagem – para produzir outros textos; ler oralmente para apresentar um texto a uma audiência (numa conferência, num sarau, num jornal...);ler para praticar a leitura em voz alta para uma situação de leitura dramática, de gravação de áudio, de representação...; reler para verificar se houve compreensão; ler por prazer estético.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Pragmática em gotas

O termo pragmática é derivado do grego pragma, significando coisa, objeto, principalmente no sentido de algo feito ou produzido, sendo que o verbo pracein, significa precisamente agir, fazer. Os romanos traduziram pragma pelo latim res, o termo genérico para coisa, perdendo talvez com isso a conotação do fazer ou agir presente no grego.
A pragmática pressupõe uma concepção segundo a qual o significado é relativo a contextos determinados e deve ser considerado a partir do uso dos termos e expressões lingüísticos utilizados nesses contextos. Isso não equivale ao “vale tudo”, porque o significado não é visto como arbitrário, mas como dependente do contexto. A consideração do uso envolve, portanto, a determinação das regras e condições de uso que caracterizam os contextos específicos em que o significado se constitui. Afirmar que o significado é “relativo ao contexto” não é o mesmo que afirmar o “relativismo” semântico, cognitivo, ou ético, se “relativismo” significa que todas as posições se equivalem e são igualmente válidas, ou a tese de Humpty Dumpty segundo a qual podemos significar o que quisermos. Ao contrário, a consideração de regras, convenções e condições de uso, exclui a arbitrariedade, explicitando o processo de constituição e de alteração do significado de uma palavra ou expressão lingüística.

A fronteira entre a semântica e a pragmática é normalmente traçada a partir da noção de contexto. As significações lingüísticas a priori independem do contexto, enquanto as significações pragmáticas emergem do contexto (cf. Moura, 2000).
Para a semântica, é o contexto lingüístico que opera como regulador. Uma palavra como casa só terá seu valor (função sintática, classe gramatical e significado) definido quando inserida num contexto frasal. Em quem casa(1) quer casa(2), verifica-se que casa(1) é o núcleo do predicado da primeira oração, é portanto uma forma verbal e significa contrai matrimônio; já casa(2) funciona como objeto para o verbo querer, é por isso um substantivo e significa moradia.
Para a pragmática, é o contexto extralingüístico (também considerado conhecimento de mundo, cosmovisão) quem opera como regulador dos valores a serem identificados. Por exemplo, a definição da variedade lingüística a ser usada em uma conferência ou numa sala de bate-papo é um valor de natureza pragmática, que envolve a ativação de roteiros de ação e de enquadramento sócio-discursivo.